V Mostra Professor Também Faz Arte – 2009
Coletiva de aquarelas, desenhos, fotografias e pinturas
Promoção | Secretaria da Educação de Juiz de Fora |
Período | 1º a 18 de outubro de 2009 |
Local | Centro Cultura Bernardo Mascarenhas – CCBM- Juiz de Fora – MG |
Participação | Rose Valverde, com dois Quadros e uma Poesia |
Obra | Zuzu Angel |
Técnica | Mista (Ecoline, Aquarela e lápis aquarelável) |
Dimensão | A2 (420 x 594) |
Dados | Este quadro é uma homenagem a Zuzu Angel e sua ideia surgiu após o filme que exibi para os meus alunos de desenho de moda do CEM. Zuleika Angel Jones, conhecida como Zuzu Angel, (Curvelo, 5 de junho de 1923 — Rio de Janeiro, 14 de abril de 1976) foi uma estilista brasileira. Quando se pensa em moda brasileira, não podemos deixar de unir a idéia ao nome Zuzu Angel. A estilista, que gerou o nome e o conceito do Instituto Zuzu Angel de Moda, instituto de moda que tem como característica principal preservar a moda com base na identidade e na cultura brasileira, conseguiu nos anos 60 conquistar as vitrines internacionais. No auge da Alta-Costura, na década de 60, a estilista não só criava modelos personalizados para artistas e para a sociedade como a atriz Joan Crawford, Yolanda Costa e Silva, Helô Amado, Heloisa Lustosa, Kim Novak, Margot Fontaine e Liza Mineli como começava a elaborar modelos de vestidos repetidos, dando a idéia do que hoje chamamos do pret-à-porter. A década de 70 foi marcada pelo desfile que Zuzu apresentou em Nova Iorque, originando uma reportagem no New York Times escrita por Bernadine Morris. Atualmente, estilistas como Ronaldo Fraga, Tufi Duek, Marciana e Maria Fernanda Lucena homenagearam a estilista Zuzu Angel em suas coleções, fazendo releituras na moda da estilista com o objetivo de mostrar moda com a cultura brasileira na veia. Fonte: www zuzuangel.com.br |
No filme, Zuzu Angel lê uma carta do filho desaparecido no período da ditadura: Mãe você me pergunta se eu acredito em Deus. Eu te pergunto que Deus? Tem sido minha missão te mostrar Deus no Homem, pois, somente no homem ele pode existir. Não há homem pobre ou insignificante que pareça ser, que não tenha uma missão. Todo homem por si só influencia a natureza do seu futuro. Através de nossas vidas nós criamos ações que resultam na multiplicação de reações. Esse poder que todos nós possuímos, esse poder de mudar o curso da história, é o poder de Deus. Confrontado com essa responsabilidade divina, eu me curvo diante do Deus dentro de mim.” Stuart Edgard Angel Jones
Vale citar a referência as duas músicas que o Chico Buarque fez em homenagem a Zuzu (Angélica) e ao seu filho Stuart (Cálice):
Angélica (1977)
Música feita em homenagem a Zuzu Angel (Miltinho e Chico Buarque)
Quem é essa mulher
Que canta sempre esse estribilho?
Só queria embalar meu filho
Que mora na escuridão do mar
Quem é essa mulher
Que canta sempre esse lamento?
Só queria lembrar o tormento
Que fez meu filho suspirar
Quem é essa mulher
Que canta sempre o mesmo arranjo?
Só queria agasalhar meu anjo
E deixar seu corpo descansar
Quem é essa mulher
Que canta como dobra um sino?
Queria cantar por meu menino
Que ele não pode mais cantar
Cálice (1973)
Música em homenagem a Stuart, censurada à época (Chico Buarque e Gilberto Gil)
(refrão)
Pai, afasta de mim esse cálice Pai,
afasta de mim esse cálice Pai,
afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor, engolir a labuta
Mesmo calada a boca, resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta
(refrão)
Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa
(refrão)
De muito gorda a porca já não anda
De muito usada a faca já não corta
Como é difícil, pai, abrir a porta
Essa palavra presa na garganta
Esse pileque homérico no mundo
De que adianta ter boa vontade
Mesmo calado o peito, resta a cuca
Dos bêbados do centro da cidade
(refrão)
Talvez o mundo não seja pequeno
Nem seja a vida um fato consumado
Quero inventar o meu próprio pecado
Quero morrer do meu próprio veneno
Quero perder de vez tua cabeça
Minha cabeça perder teu juízo
Quero cheirar fumaça de óleo diesel
Me embriagar até que alguém me esqueça
Obra | Socorro- Precisamos inverter esta situação |
Técnica | Lápis e lápis de cor aquarelável |
Dimensão | A2 (420 x 594) |
Dados | Pintura teve como base a campanha contra a violência e exploração sexual das crianças – “SOCORRO”. A nossa vida se vê refletida num espelho mas nem sempre ela é colorida. A violência contra a criança faz com que as cores desapareçam de sua realidade e a única solução para mudarmos isto é lutar para reconstruir valores. Educação, Carinho, Respeito, Esperança, gerando Comprometimento, Dignidade e Cidadania.
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Foto em Destaque: Christian Celeste / Tiradentes em Ação