Visita a Petrópolis

O CEM realizou no dia 03, sábado, uma excursão a Petrópolis. Duas turmas participaram do passeio: a quinta série vencedora do concurso da decoração das salas da escola e a turma do 6° ano do EJA – noturno. Acompanharam as turmas a direção da escola e alguns professores. 
 
Minha função principal no passeio foi documentar estes momentos e o resultado foi muito bom.
Espero que gostem…
 
Ao chegarmos a Petrópolis fomos direto ao Palácio de Cristal onde vimos uma exposição de maquetes dos principais prédios históricos de Petrópolis…
Petrópolis 1 - Visita a Petrópolis
Palácio de Cristal – Por iniciativa da Princesa Isabel e do Conde D’Eu, foi construído na França em estrutura pré-moldada de ferro fundido e inaugurado em 1884 para abrigar exposições de produtos agrícolas e hortícolas. Hoje é usado para exposições e apresentações musicais e teatrais.

 

Palácio de Cristal – Endereço: Rua Alfredo Pachá s/nº

Seguimos de ônibus para a casa de Santos Dumont, até que percebemos que uma aluna havia ficado na exposição e a Prof.a Lindalva voltou com o guia para buscá-la.

Passamos por casarões antigos que foram ocupados pela nobreza na época do Império e por várias personalidades do município.

Na Avenida Koeler pude fotografar o casarão que foi escritório da Cia Industrial Santa Matilde, na década de 80, época em que trabalhei como desenhista projetista no setor ferroviário.

Quando fiz uma exposição no Centro Cultural Raul de Leoni em abril de 1986, expus um desenho a nanquim deste prédio, que foi adquirido pelo Diretor da Cia, o Dr. Pimentel.

Hoje o casarão é conhecido como Palácio Sergio Fadel.

Petrópolis 2 - Visita a Petrópolis
Palácio Sergio Fadel – O Dr. Joaquim Antônio d’Araújo e Silva, Barão do Catete com Grandeza e Visconde Silva, era médico pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, formado em 1849, tendo dirigido o Hospício D. Pedro II e o Instituto Nacional de Oftalmologia. Em 1872, requeria à Câmara Municipal que fosse marcado o alinhamento do terreno que comprara para a casa que pretendia construir na Rua Dom Afonso (hoje Av. Koeler). Ainda no início do século passado, o Presidente Campos Sales ali se hospedou e teve a idéia de adquirir o Palacete do Barão do Rio Negro (do outro lado da rua) para transformá-lo em residência de verão dos Presidentes da República. Nos dias de hoje funciona como sede da Prefeitura Municipal de Petrópolis.

 

Palácio Sergio Fadel – Endereço: Av. Koeler, 260 – Centro

Chegamos à Casa de Santos Dumont e todos adoraram a escada em que se tem que subir com o pé direito primeiro para não cair…

Petrópolis 3 - Visita a Petrópolis
A Encantada – Construída no antigo Morro do Encanto, foi planejada e construída por Alberto Santos Dumont para servir de residência de verão. Devido à sua localização, foi carinhosamente apelidada de “A Encantada”. O prédio, um chalé do tipo alpino francês, consta de três pavimentos sendo que o primeiro era uma pequena oficina, o segundo servia para sala de estar e jantar e por último o escritório, quarto de dormir. Uma curiosidade da casa é que não tinha cozinha e todas as refeições vinham do Palace Hotel, atual prédio da Universidade Católica de Petropolis, junto ao Relógio das Flores. Vale a pena ver o mirante que servia de observatório astronômico. Chama a atenção do visitante a escada recortada em forma de raquete, o que obriga o mesmo a sempre começá-la com o pé direito.

 

Casa de Santos Dumont – Endereço: Rua do Encanto, 22 – Centro.

A aluna perdida chegou com a professora Lindalva e fomos depois a pé para o restaurante aonde foi servida uma gostosa comida e com uma bela vista para a praça.

Após o almoço passamos pelo centro da cidade e chegamos próximo ao Museu de onde pudemos avistar o Palácio Amarelo e o Centro Cultural de Petrópolis.

Petrópolis 4 - Visita a Petrópolis
Palácio Amarelo – O Palácio Amarelo data de 1850. José Carlos Mayrink da Silva Ferrão ergueu o solar que em 14 de fevereiro de 1891, foi vendido a Francisco Paulo de Almeida, o Barão de Guaraciaba. Atualmente funciona como a sede da Câmara Municipal de Petrópolis. Na parte exterior, em sua praça, o chafariz da águia foi construído em 1899 por Heitor Levy e ajardinada em 1897 por Carlos Júlio Mayer e o projeto alterado em 1944 por Burle Marx.

 

Petrópolis 5 - Visita a Petrópolis
Centro de Cultura Raul de Leoni – Espaço cultural da municipalidade. Abriga galerias de arte, teatro, cinema e biblioteca. Possui uma biblioteca cujo acervo chega a 120 mil volumes. As galerias Aloísio Magalhães e Van Dijk apresentam exposições de pintura, escultura e fotografia. Sala Guiomar Novaes, com capacidade para 200 pessoas, tem sido palco de eventos diversos. Há ainda a sala de projeção Humberto Mauro, com capacidade para 90 pessoas. O Centro de Cultura hoje denominado Raul de Leoni, dedicado ao poeta que foi presidente da Academia de Petropolitana de Letras, abriga ainda atividades didáticas como cursos de pintura e música. Diariamente, o espaço recebe cerca de 300 visitantes.

 

Eu já conhecia o museu, mas, fazia anos que não vinha a Petrópolis, foi agradável refazer estes caminhos…

Petrópolis 6 - Visita a Petrópolis
Museu Imperial – O Palácio Imperial de Petrópolis, hoje, MUSEU IMPERIAL, foi a residência predileta do imperador D. Pedro II. Sua construção, iniciada em 1845, por determinação do jovem imperador e a expensas de sua dotação pessoal, deu origem à cidade de Petrópolis. O projeto original do major e engenheiro germânico Júlio Frederico Koeler, superintendente da Fazenda Imperial, foi seguido, após sua morte, pelos arquitetos Joaquim Cândido Guilhobel e José Maria Jacinto Rebelo. Os jardins foram planejados por Jean-Baptiste Binot, com a orientação do próprio imperador, e nele se encontram ainda espécies raras da flora dos cinco continentes. Ao longo dos 165 anos de sua existência, o Palácio serviu como residência de verão e educandário até se tornar Museu em 1943.

 

No Museu, visitamos inicialmente o prédio que possui vários meios de transporte da época e algumas obras de arte. No prédio principal, após colocarmos as pantufas e resolver a parte burocrática (Escolas não pagam mas os alunos tem que estar com uniformes sem bolsas e etc.) e apresentarmos nossos contracheques (professores), para podermos fazer a visita começamos a visita ao maior acervo do período do Império no Brasil.

Procurei prestar atenção aos retratos da família Imperial e nos surpreendemos com tantos retratos e artistas variados. Alguns nomes já são nossos conhecidos, mas outros nunca vi em nossos livros didáticos.

Alguns artistas cujas obras estão no Museu Imperial:

Vitor Meireles de Lima (Florianópolis – 1832 – Rio de Janeiro – 1903)
Pedro Américo de Figueiredo e Melo (1843-1905) – várias obras
Félix Emile Taunay (1795-1881) – Retrato do Imperador  D. Pedro II.
Manoel Simplício de Sá (pintor oficial da corte) – retrato de D. Pedro I
François René Moreaux (1807-1869) – várias obras
Agostinho da Mota (1824-1878) – Natureza Morta
Edouard Vienot ( fontainebleau – 1804 – …) – retratos
Friedrich Hagendorn – paisagista alemão – Vista da fazenda de Correias

Mais detalhes e fotos no site do Museu Imperial

Após a visita passamos pelos jardins observando um pouco as plantas trazidas por D. Pedro II e fomos então para a Catedral…

Petrópolis 7 - Visita a Petrópolis
Catedral São Pedro de Alcântara – Construção em estilo neogótico francês do século XVIII, teve a sua pedra fundamental lançada em 1884, sob o patrocínio de D. Pedro II e da princesa Isabel. Foi executada em alvenaria de pedra aparelhada e apresenta obra de cantaria de granito. No seu interior existem obras esculpidas em mármore de Carrara, destacando-se a Capela Imperial que está situada à direita na entrada principal da Catedral, em mármore, ônix e bronze onde está o sepulcro com relíquias dos Santos Mártires, São Magno, Santa Aurélia e Santa Thecla. Em frente à Capela Imperial encontra-se o batistério com a pia batismal proveniente da antiga Igreja Matriz (1848). Ajustado aos pilares de elevação da torre acha-se o órgão projetado e construído no Rio de Janeiro pelo artista Guilherme Berner (introdutor da indústria do órgão no Brasil). Foi doação feita pela Sra. Olga Rheingantz de Porciúncula. funciona por sistema eletropneumático e é acionado por um grupo motor-ventilador-dínamo de 2HP. Todo mobiliário do templo é de época, trabalhado a mão em jacarandá. Em frente a Capela Imperial encontra-se o batistério. A simples pia batismal é proveniente da antiga Igreja Matriz (1848). O tampo de bronze é moderno (1934), já que o original no transporte para a nova igreja caiu e quebrou. Ao lado do batistério há uma imagem de Santo Antônio dos Pobres, esculpida por Denis Cross. D. Pedro II – O último Imperador do Brasil – O padroeiro escolhido para a Catedral foi São Pedro de Alcântara, venerado como protetor da monarquia e que fora instituído como patrono oficial do Império Brasileiro por D. Pedro I. Sua festa é celebrada no dia 19 de outubro.

 

Saindo da Catedral, partimos em direção ao bairro Valparaíso (entrando pela Universidade Católica de Petrópolis) e pegamos a Av. Washington Luis (passamos pela minha antiga residência, perto de Duas Pontes) para fazermos um lanche na fábrica Patrone de chocolates e finalmente realizarmos nossa última visita.

Petrópolis 8 - Visita a Petrópolis
Quitandinha – Construído em 1944 por Joaquim Rolla, para ser o maior cassino hotel da América do Sul, é em estilo normando (característico dos cassinos europeus que faziam sucesso na Normandia, antes da Segunda Guerra Mundial). O interior lembra cenários de filmes americanos e os ambientes foram decorados por Doroth Draper, cenógrafa dos filmes famosos de Hollywood. Numa área de 50.000m2, o Quitandinha foi construído para ser a “Capital do jogo bancado no Brasil”. Banheiros em mármore, lustres com pingentes de cristal e um sistema de iluminação que seria suficiente para iluminar uma cidade de 60.000 habitantes. Seus salões podem abrigar até 10.000 pessoas simultaneamente. A cúpula do Salão Mauá é a maior do mundo com 30m de altura e 50m de diâmetro, sendo comparada a redoma da Catedral de São Pedro em Roma; o Teatro Mecanizado com três palcos giratórios tem capacidade para 2.000 pessoas. O lago tem formato do mapa do Brasil com o farol na Ilha de Marajó. Em 30 de maio de 1946, o Pres. Dutra proibiu o jogo no país e assim, o Quitandinha acabou não conseguindo sobreviver como hotel, seus apartamentos foram pouco a pouco sendo vendidos e a partir de janeiro de 1989 foi restaurado e atualmente a parte social é utilizada para congressos, eventos, shows e feiras. Recentemente adquirido pelo SESC, funciona tambem como palco cultural de inúmeras apresentações de música, teatro e dança, conforme agenda do Sesc Rio.

 

No Quitandinha uma das alunas subiu no cavalo para que tirássemos uma foto, tiramos várias fotos da turma e finalmente iniciamos nossa viagem de volta.

Foi uma ótima viagem!

Veja mais fotos do nosso passeio na galeria: