No dia 4 de setembro, fui ao Centro Cultural Bernardo Mascarenhas com meus alunos de desenho artístico e quadrinhos. Como era véspera de feriado a turma estava pequenina, mas pude levá-los a exposição do Cesar Balbi na Galeria Arlindo Daibert, na exposição de Wesley Aragão e Adriana Stehling e uma exposição de máscaras. Os alunos adoraram e fiquei de levar as outras turmas para apreciarem também.
A exposição de Cesar Balbi:
A exposição de Wesley Aragão e Adriana Stehling:
Hoje às 9 horas, levei o restante da turma para ver a exposição do Cesar Balbi na galeria Arlindo Daibert, mas, quando cheguei lá, a galeria estava fechada. Tive de descer novamente e solicitar à funcionária da recepção que o funcionário abrisse a galeria para que eu pudesse mostrar a exposição. Fiquei meio intrigada pelo fato de que o artista coloca seus quadros no espaço e a galeria fica fechada ou só é aberta quando solicitado ou se você agenda uma visita. Afinal, quando a gente propõe através de edital fazer uma exposição no CCBM consta que a galeria tem um horário de funcionamento…
Bem, a funcionária me perguntou se queria uma visita guiada eu falei que era bom sim para que os alunos entendessem melhor. Mas a jovem que faria este acompanhamento me falou que não sabia muito sobre o trabalho dele. Ela me acompanhou e subimos mesmo assim e diante disto eu acabei tomando a frente e mostrando para eles sobre o material utilizado e o estilo de pintura do Balbi procurando despertar a curiosidade deles pela proposta e técnica utilizada. Diante de uma tela em que ele homenageia um artista japonês minha aluna que é adulta e estuda com o seu neto na mesma turma ficou meio assustada e falou: Mas eu não sabia que tinha coisa que o meu neto não pode ver. Diante da situação tive que dar quase uma aula na galeria sobre a Arte e sexualidade e, como a diferença de cultura pode influenciar na maneira pela qual vemos a sexualidade. Procurei esclarecer para todos que a nudez na Arte não tem a característica de pornografia é ai discorri um tempo sobre a questão da criação do homem, sobre a função divina da procriação e da relação íntima entre os casais. Assim como surgiu um rápido debate sobre moralidade e arte.
Enfim, detectamos mais uma situação que só dificulta a formação de futuros apreciadores da Arte que é a falta de informação. É necessário que tenhamos textos (ou releases), assim como um pequeno material resumido que permita aos observadores entender um pouco mais da proposta do artista para que não saiam dali julgando a qualidade de uma exposição por um quadro que não foram capazes de entender por falta de contextualização.
As outras exposições de pintura e fotografia foram uma aula também já que uma delas homenageia os 160 anos de Juiz de Fora exibindo fotos lindas com textos muito interessantes. E a outra exposição mostra quadros e fotos em paralelo fazendo uma demonstração muito rica das diferentes formas de percepção dos artistas. Vimos também um a exposição de máscaras que é parte do acervo de vários artistas e produtores de Teatro de Juiz de Fora.
Levei também as duas turmas de Costura Industrial e Desenho de Moda (manhã e tarde) e a maioria não conhecia o espaço. Está é uma oportunidade de enriquecer a formação dos alunos das oficinas profissionalizantes que oferecemos no CEM e de incentivá-los a buscar a arte e sentir a vontade de conhecer mais sobre os vários tipos de manifestações artísticas existentes em nossa cidade.
Valeu à pena!
Informações das exposições visitadas:
Exposição “Complexo Cotidiano”, do fotógrafo Bruno Moraes. A mostra une fotos produzidas pelo artista com crônicas escritas por Paula Jenevain Grazinoli. A exposição tem visitação gratuita até o dia 12 de setembro, sempre de terça à sexta-feira, das 9h às 21h e aos sábados e domingos, das 10h às 16h.
Exposição “Pinturas e Fotos”, do artista plástico Wesley Aragão de Moraes e da fotógrafa Adriana Miranda Sá Stehling (filha do falecido artista Renato Stehling) aberta à visitação até 12 de setembro, no CCBM.
A exposição “Balbi – A Busca da Elipse Perfeita” do artista plástico Cesar Balbi fica aberta a visitação até 26 de setembro, no CCBM (Av. Getúlio Vargas 200 – Centro). O público poderá conferir 22 trabalhos, que expõem diversas facetas do artista, formando uma coletânea de sua carreira. Utilizando-se de técnicas mistas, que incluem acrílica sobre tela, desenho e colagens.