Dia 25, foi o vernissage da exposição em homenagem a Adriana Pereira, com curadoria de Sérgio Sabo e Ricardo Cristofáro (diretor do IAD – UFJF).
A exposição acontece no CCBM, e no mesmo espaço aonde há alguns anos atrás Adriana desenvolvia seu trabalho no atelier de gravura, vemos suas obras que aparentemente pareciam esquecidas do público receber antigos e novos olhares.
Na galeria ao lado seu nome também consta como uma das homenageadas na exposição “Mulheres: Juiz de Fora – 160 anos”, que é uma referência aos 160 anos de Juiz de Fora, comemorados no próximo 31 de maio.
Fui aluna num dos cursos promovidos por ela com o Ruben Grillo, Ilustrador do Jornal do Brasil e que foi realizado no atelier de gravura. Trabalhamos juntas na FUNALFA – Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage de 90 a 94 e nesta época a sede da FUNALFA era no Espaço Mascarenhas. Na época da exposição “7 por 7 igual a 49” em que ela foi uma das expositoras o meu setor (de artes plásticas) era responsável pela divulgação dos eventos e o apoio na organização de exposições. Lembro que na época eu achava tão diferente as propostas da Adriana, hoje, com mais experiência eu diria que ela tinha uma visão mais contemporânea da arte do que eu, que sempre fiz obras mais figurativas, simbólicas ou diria até mais místicas. Mas independente de nossos caminhos serem diferentes compartilhamos do mesmo amor pela arte.
Lembro-me das tantas conversas que tínhamos sobre arte, das histórias que Adriana contava sobre o curso que fazia no Rio, no Parque Lage. Uma vez, ela chegou com uma cópia da introdução do livro Historia da Arte de H. W. Jansen e me deu para ler, e este texto guardo até hoje. Falava sobre o que é arte? e possui um trecho sobre o gostar e o não gostar, que reli estes dias após fazer uma mudança em meus arquivos sobre arte e por coincidência usei a mesma frase: o que é arte? num de meus trabalhos em exposição no projeto da Confraria de arte – IDENTIDADE que está na Casa de Cultura (UFJF).
Possuo uma pequena gravura de Adriana que guardo com carinho e que mostro hoje para vocês:
Como pássaro cantando na madrugada
Adriana de olhos doces
sempre será lembrada